quinta-feira, 1 de novembro de 2007

FILME: Primavera, Verão, Outono, Inverno... E Primavera

O filme é realmente fascinante, observando a vida como um ciclo em que cada estação corresponde a um estágio do aprendizado humano. Conta a história de uma vida marcada por beleza, sofrimento e tragédia: uma criança que cresce ao lado de um, porém que precisa sentir a vida com seus próprios pés; amar, sofrer, perdoar...
Cada estação do título se refere a uma mudança na vida, uma nova experiência, percorrendo toda uma vida. Como se a vida e as estações fossem ciclos intermináveis, e é isso que o filme nos mostra. As fases da vida são como estações...
Cada fase de sua vida você aprende algo, algo que pode ou não representar um grande amadurecimento ou uma mudança drástica, nunca se sabe o que está por vir. Todos são diferentes, mas a essência é a mesma. O que é destino? Aquilo que foi pré-determinado pelo ser supremo ou a conseqüência de nossos atos? O questionamento de nossa vida não é sempre algo que possa ser respondido, ninguém sabe melhor (e mais) que nós mesmos da própria vida, e isso não significa que saibamos de tudo dela. O filme é uma análise do comportamento humano, de seus questionamentos, de suas atitudes. Porque somos de tal maneira e não de outra? Por que agimos mais pelo emocional que pelo racional?
Ele impressiona pela poesia das ações, pelo dinamismo da vida que é tão justa e tão perfeita(a seu modo) em seu desenrolar. Mesmo longe da sociedade o monge tinha desejos, sofria, amava, odiava. Era humano, independente de onde estava.
Um filme inesquecível; nos enriquece e nos fortalece com seus ensinamentos. Demonstra também que as conseqüências de pequenos atos podem se refletir durante toda a vida, mas também expõe que nunca é tarde para nos restabelecer e buscar os nossos verdadeiros valores.

“Ninguém é indiferente ao poder das quatro estações e de seu ciclo anual de nascimento, crescimento e declínio.”